Lysanne Saan

- Nome: Lysanne Elizabeth Maria Isabel Woldville de York.
- Idade: 547 anos
- Nascimento: 09 de setembro de 1464
- Avatar: Adelaide Kane
- Raça: Feiticeira
- Marca de Feiticeira: Olhos dourados e asas que foram cartadas.
- Gênero: Feminino
- Sexualidade: Heterossexual
- Estado Civil: Casada
- Residência: Chalé em Long Island, Queens
- Gostos: Adora velejar, nadar e história. Ela ama o pôr do sol, neve, jacintos e peônias.
- Desgostos: Ela possui um profundo desagrado pela família Lancaster e associados (a rosa-vermelha), a guerras e a matanças desnecessárias. Simplesmente detesta aviões, evitando ao máximo se quer chegar perto de um. Além disso, aprendeu a odiar margaridas após a última vez que encontrou o seu marido.
- Curiosidades: Elizabeth é uma historiadora e antropóloga graduada, além de conhecer alguns princípios de enfermagem (só os utilizando em casos realmente extremos). Ela é casada e ainda tem o hábito de utilizar o seu anel de casamento e o relicário que pertencia a William, os tendo como bens extremamente preciosos. Ela gosta de colecionar artefatos históricos, tendo um quarto em sua casa dedicado única e exclusivamente ao seu "caos organizado", podendo mover-se por ele com maestria e conhecendo cada mísera peça e cada história por trás dela. Além de seus olhos dourados, Elizabeth havia nascido com asas cortadas pouco depois dela ter nascido, restando apenas a cicatriz em suas costas de onde as suas asas haviam estado outrora, além da constante sensação de que havia algo faltando. Ela possui um apego muito forte pelos trajes de sua própria época, trajando sempre vestidos longos que acredita não chamar tanta atenção. Elizabeth aprendeu a atirar com arco e flecha com o seu ex-marido e um pouco sobre equitação.
- Personalidade: Elizabeth é uma mulher que aparenta ser introspectiva, a primeira vista, sendo necessário conhecê-la para encontrar uma pessoa extrovertida, brutalmente franca, teimosa e bastante orgulhosa. Tendo o orgulho como a sua característica mais marcante, algo que ela ainda não sabe definir como uma benção ou uma maldição.
Lysanne Elizabeth Maria Isabel Woldville de York nasceu em 1464, poucos meses após o casamento secreto entre Eduardo IV e Isabel Woodville, durante o período em que posteriormente ficou conhecido como "A Guerra das Rosas", com a jovem e sua família se situando ao lado da rosa branca. Cor escolhida em homenagem à Virgem Maria. As circunstâncias de seu nascimento se mantiveram tão misteriosas quanto ela própria em vida, tendo crescido trancafiada dentro de um quarto e sendo proibida de sair sem a permissão de seus pais, sempre tendo guardas treinados à espreita para que cumprissem essa ordem à risca. Devido a isso, para o povo, ela era tida apenas como uma lenda ou até mesmo como um fantasma que assombrava os corredores do palacete ao cair da noite. Ninguém sabia ao certo a razão dela ser mantida tão escondida dos olhos de tudo e de todos, acreditando-se que o fato dela possuir caraterísticas que não se assemelhavam nem ao rei e tampouco a rainha pudesse ser uma explicação plausível para isso. Apesar da realidade ser outra. Alguns podiam culpar os seus olhos dourados vividos, que brilhavam mesmo em meio a escuridão, ou fato de ela conseguir ver coisas que ninguém mais conseguia, mas a verdade era apenas uma só: o futuro rei queria escondê-la de tudo e de todos. Assim, acreditava que poderia manter o seu maior segredo escondido do mundo. O trunfo que ele tinha em sua manga para se assegurar que o seu lado venceria a guerra.
Dos dez filhos que teve, Eduardo se quer se esforçava para esconder o favoritismo que possuía por sua primogênita, visitando-a sempre que possuía oportunidade e demonstrando um carinho por ela que não se aplicava aos demais filhos que nasceram posteriormente. No entanto, quando se tratava de sua mãe, Elizabeth conseguia sentir a linha que a futura rainha consorte tinha imposto entre as duas. Quando estavam a sós, por trás de seus sorrisos falsos e de suas palavras falsamente doces, ela conseguia sentir o gelo e o que acreditava ser o ódio iluminando os olhos da mulher que se mantinha o mais distante possível de uma pessoa que havia a gerado.
Em meados de 1470, pouco antes do exílio, Elizabeth estava em seus aposentos bem guardados quando três homens desconhecidos o invadiram e a ameaçaram com uma faca. Ela lutou com todas as forças que possuía para fugir dos invasores, tendo o que por muitos anos acreditou ser a sorte de seus guardas voltarem a tempo o bastante de impedir que o pior pudesse acontecer. Passando aquela noite com nada além de alguns hematomas, machucados marcados em sua pele e um medo latente que a consumiu por muito tempo após o atentado. Quando o seu pai soube do ocorrido, quase que de imediato, foi ao seu encontro a sua filha tentando compreender o que havia ocorrido e decepcionou-se quando ouviu os métodos "comuns" que ela tinha usado para defender-se dos invasores e ainda mais quando soube que os guardas a salvaram. Por certo tempo, o olhar desapontado dele causou confusão o suficiente para que o fato não saísse de sua mente. Os culpados por trás do ataque, segundo Eduardo IV, haviam sido os Lencasters em uma tentativa tola de eliminar a primogênita dos York e de os passar uma mensagem clara: eles iriam atacar.
Ela foi transferida para casa de campo na França pouco depois deste incidente e apenas voltou para Inglaterra ao fim da Batalha de Barnet, meses após o regresso de sua família, sendo forçada a viver novamente no quarto onde havia crescido. Durante a sua estadia nas terras francesas, os seus poderes despertaram de maneira súbita e inesperada, sendo algo que ela passou se esforçar ao máximo para encobrir ou ocultar de todos a sua volta. No dia 9 de abril de 1483, assim que a noite caiu, Elizabeth foi visitar o seu pai como já era de praxe e foi a responsável por encontrá-lo sem vida no chão da sala do trono. Naquela noite, ela perdeu completamente o controle de seus poderes e os seus gritos assombraram todo o palácio, fazendo com que ela se sentisse mais sozinha do que nunca por perder a única pessoa que realmente parecia se importar com a sua existência. Horas mais tardes, ela foi encontrada ainda chorando sobre o cadáver de seu pai com os vitrais coloridos da sala completamente destruídos a sua volta. A sua mãe a proibiu de participar da cerimônia fúnebre junto aos demais, apenas podendo despedir-se dele instantes antes dele ser enterrado e longe da vista de todos. Jamais tendo se preocupado em explicar o motivo de ser tão dura com a sua filha e não o fez nada além de a desprezar até a sua morte.
Elizabeth e os seus dez irmãos foram deslegitimados assim que o irmão mais novo de seu pai, Ricardo III, subiu ao poder. Os seus dois irmãos mais novos desapareceram dentro da Torre de Londres e, não muito tempo após a isso, a sua mãe e Isabel, a sua irmã mais nova, fugiram durante a noite para Abadia de Westminster para "salvaguardar a posição da família", disseminando ainda mais os rumores de que uma possível filha mais velha que Eduardo IV e Isabel Woodvile possuíam não se tratava de nada mais além de uma lenda. Uma história criada pela mente inventiva dos servos do palácio.
Após isso, a fim de não perder mais um refém de guerra, o seu tio a transferiu para as masmorras e a manteve presa ali durante as duas semanas mais torturantes de sua vida. Até que ela conseguisse fugir, pouco depois de ferir acidentalmente um dos guardas do seu tio com as suas habilidades magicas, correndo para o mais longe que foi capaz naquele instante e recebendo ajuda de servos do palácio que ainda eram fiéis ao seu pai ou que nutriam qualquer tipo de sentimento pela menina para ajudá-la fugir. Seja por afeição ou por pena. Assim que conseguiu sair dos ao redores do palácio, Elizabeth buscou ajuda daqueles que ainda se mantinham fiéis ao falecido rei ou ao lado da rosa branca, conseguindo chegar longe o bastante para ser encontrada por Henrique Tudor, futuro rei Henrique VII, que não somente a abrigou como também escutou a sua história — reparando o brilho incomum no olhar dele quando a ouvir informar quem eram os seus pais. Ela apenas descobriu tempos mais tarde o plano mirabolante que tinha se formado na mente dele naquele instante.
Henrique VII se viu encantado pela personalidade e graciosidade de Elizabeth, passando a tramar com a sua mãe o casamento entre os dois e pensando em usá-la como um peão no grande jogo que estavam montando para coroá-lo. Uma forma do povo aceitar um Tudor no trono e, ao mesmo tempo, de atrair aqueles que não concordavam com a tirania de Ricardo III ou que gostariam de um York no trono. Mesmo que como uma rainha consorte. Assim que descobriu o plano, desejando ter autonomia pela própria vida ao menos uma vez e, por recusar-se a se aliar ao lado da rosa vermelha, ela fugiu pela segunda vez assim que teve conhecimento dos planos de Henrique VII e se abrigou com a família de antigos empregados do palácio.
Elizabeth passou a usar o seu primeiro nome e fingiu ser a primogênita daqueles que tinham a abrigado, tornando-se Lysanne Saan daquele dia em diante, ela evitava ao máximo chamar atenção indesejada para si, o que ainda não foi o bastante para impedir que Henrique VII mandasse tropas procurá-la por toda a região, obrigando-a em um ato desesperado propor casamento para um desconhecido. William. Afinal, ela preferia casar-se com um completo estranho de sua escolha, ao invés de ser forçada a viver de uma maneira que não desejava e continuar não tendo autonomia alguma em sua vida. Através de rumores, ela ficou sabendo da promessa que Henrique VII havia feito de casar-se com a sua irmã mais nova, mas nem mesmo isso fez com que ela perdesse a vontade de deixar de se casar com William, tendo desenvolvido sentimentos por eles que iam além de sua compreensão. Os dois se casaram às pressas em agosto de 1485, quando Henrique VII invadiu o País de Gales com dois mil apoiadores. Naquele dia, Elizabeth havia se unido aos Lancasters ao lado da rosa vermelha sem se quer se dar conta.
Pouco depois de completar 21 anos, o seu tio contratou assassinos para envenenarem todos os filhos de Eduardo IV, incluindo Elizabeth, não por vê-la verdadeiramente como uma ameaça, mas por saber que ela era a filha que o seu falecido irmão mais amava. Em seu caso, o plano com o veneno não tinha saído como o esperado, o que forçou o seu assassino a partirem para métodos mais agressivos. Invadindo a casa quando acreditou que ela estaria sozinha e pegando-a desprevenida, o que acabou gerando um embate físico entre eles, que escalou para uma tentativa falha de abuso impedida por sua magia sem controle. Ela o feriu e o atordoou, mas não o bastante para fazê-lo parar, o vendo avançar novamente em sua direção e sentindo as mãos do homem envolvendo o seu pescoço. Ela aproveitou a oportunidade para alcançar um objeto pesado que tinha perto de si e o acertou na cabeça dele até as suas mãos estarem manchadas de sangue e os seus olhos nublados pelas lágrimas.
William a ajudou a "resolver o problema" assim que se deparou com a cena e ela se recusou terminantemente a dizer qualquer outra coisa acerca daquele dia, além de que tinha sido atacada, acreditando que os hematomas de luta em seu corpo dissessem mais do que qualquer palavra que pudesse deixar os seus lábios. Retomando pouco a pouco a sua vida comum, embora tudo agora fosse absolutamente diferente, principalmente pelos seus poderes estarem mais fora de controle do que nunca.
Os anos que se sucederam, o seu casamento viveu em uma fase de altos e baixos, principalmente após o encontro que ela havia tido com Henrique VII, que acabou culminando na descoberta de muitas coisas. Dentre elas, que o seu marido era um completo e total estranho para si. Descobrindo que ele era Edward Westminster, não apenas o seu inimigo, como também o possível assassino de seu pai. O seu mundo ruiu diante de seus olhos, principalmente por ter contado a verdade para ele quando os dois se casaram. As suas recentes descobertas geraram um confronto entre ambos, com os dois dizendo verdades que haviam guardado por muitos anos. Uma delas, era o fato de Edward apenas ter se casado com ela em busca de um disfarce, assim como ela tinha o feito, mas sentindo as palavras machucando mais do que gostaria naquela altura do casamento. E, embora ela tenha o odiado profundamente naquele instante, ela foi incapaz de deixá-lo. Devido ao seu odioso coração, que para a sua profunda infelicidade já pertencia a ele.
Os dois não haviam deixado a casa após a briga e nem nas semanas que se sucederam, após isso, voltando a se aproximarem aos poucos, sendo esse o período que em ele tinham a contado mais acerca de seu passado e sobre o fato de estar sendo perseguido por um demônio por culpa de seu antigo tutor. Além disso, ele havia começado a ensiná-la sobre o mundo das sombras e a como controlar os seus poderes. Algo que os reaproximou pouco a pouco.
Eles ficaram casados por mais cem anos, mudando de lugar sempre que o fato de eles não envelhecerem levantava suspeitas ou quando acreditava que o demônio estava se aproximando de sua localização. Em sua última mudança, William havia aberto o seu coração pela primeira vez para ela e, justamente por corresponder este sentimento, ela decidiu fugir com o relicário com que o seu marido tinha sido presenteado (tendo descoberto que o demônio estava atrás daquilo). Abandonando-o repentinamente pouco depois de espalhar boatos sobre ter roubado o que o demônio estava buscando em lugares que Edward não fosse ficar sabendo, passando fugir por conta própria daquele dia em diante. Apenas parando no ano de 1984, quando o demônio foi emboscado e morto pelos caçadores na Escócia. O local em que ela estava vivendo escondia. Após saber do ocorrido, ela buscou o instituto local e deixou o objeto com eles. Desejando livrar-se de uma vez por todas daquilo, agora que William não correria mais risco algum com a sua destruição ou apreensão. No entanto, eles entregaram novamente o relicário sem o cristal que estava guardado dentro dele.
Ela voltou para a casa em que ela e William haviam morado juntos pela primeira vez, tendo definido que aquele sempre seria o lar deles anos antes, para encontrá-lo acompanhado por uma outra mulher. O seu mundo ruiu diante os seus olhos e ela não fez qualquer outra coisa além de ir embora e nunca mais voltar, mesmo que soubesse aquilo podia estar ocorrendo por sua culpa, ela passou a nutrir uma raiva profunda por ele. Sendo a única coisa que a mantinha forte para não voltar a procurá-lo e jurando a si mesmo que o odiava do fundo de seu coração. Ela nutriu essa raiva durante todos os anos que se seguiram após isso, sendo forçada a tomar um barco para Nova York no ano de 2011. Quando uma misteriosa figura passou a persegui-la.